Nascido em Vitória – ES, Ricardo Soares desenvolveu desde cedo seu gosto pela música e consequentemente pela guitarra. Estudou com músicos renomados, tais como Wander Taffo, Marcelo Barbosa, e Mozart Mello. Tem sua marca impressa em vários trabalhos fonográficos dentro do cenário gospel e foi integrante das bandas Afterdeath, Kannon e Fire. Em 2009 lançou seu primeiro álbum solo, intitulado “Hightway”, que contou com participações especiais de Roger Franco, Sydnei Carvalho, Edu Ardanuy, entre outros. Atualmente está trabalhando na divulgação de sua banda Worship, a qual recentemente lançou o álbum “Meu Destino”. Nesta entrevista Ricardo fala sobre este novo trabalho.
1 – Apesar de pouco tempo na estrada a Worship tem um som bem definido. Quais as principais influências da banda?
As influências na banda são bem variadas, porém temos algumas em comum, como: Drean Theather, Alter Bridge, Oficina G3, Magnetico, Dr.Sin, Adrenaline Mob entre outras.
2 – Os gostos em relação a estilos de música entre os integrantes da Worship são variados. Como isso é administrado para que haja um equilíbrio musical na banda?
Não existe nenhuma regra específica quanto a isso. Simplesmente deixamos a coisa fluir de maneira natural. Quando estamos compondo ou arranjando uma nova música, ideias vão surgindo, e de maneira democrática decidimos qual é a melhor ou não pra cada composição.
3 – Você já havia participado de outros projetos com membros da Worship?
O Marcio que divide as guitarras comigo, foi meu aluno, e chegamos a tocar juntos numa gig acompanhando o cantor Gessy Hoffmam. Nessa mesma gig o Guilherme (baixo) e Eduardo (bateria) também tocaram.
4 – Fala um pouco do processo de composição. Existe uma sequência na hora da criação das músicas?
O Joabe (vocal) é o que tem a veia compositora mais forte, então geralmente ele leva um esboço de uma música pros ensaios, onde a gente vai trabalhando e arranjando a música até finalizá-la por completo. É comum também gravarmos uma pré desse esboço pra que possamos assimilar as ideias e criar em cima.
5 – Como a banda definiu o repertório do álbum? Qual o conceito adotado para a escolha das músicas depois de compostas?
O repertório foi surgindo naturalmente na medida em que as músicas foram sendo compostas, e logo após iniciamos o processo de gravação. Em “Meu Destino” não fizemos uma pré-produção detalhada como queríamos, então não houve nenhum critério específico na escolha do repertório. No nosso próximo trabalho queremos ter mais critério e amadurecer mais as composições antes de gravá-las, experimentando novas ideias e timbres.
6 – Você divide as guitarras com o Márcio Ricardo. Vocês criam partes de guitarra na hora da gravação ou tudo é estabelecido na pré-produção?
Definimos quem faz o que nos ensaios e shows, então já entramos em estúdio com tudo combinado, mas é claro que sempre pinta uma nova ideia na hora da gravação.
7 – O disco parece mais econômico em solos enquanto é rico em riffs. Por quê?
Nesse trabalho quisemos valorizar mais os timbres pesados de guitarra e os riffs mesmo. Ao vivo até improvisamos um pouco mais, mas nossa intenção inicial era fazer um som mais denso aliado aos grooves de bateria. Usamos na maioria das músicas as guitarras afinadas em D com o bordão em C também pensando nisso.
8 – Como foi captado o sons de guitarra?
Usamos um mix da tecnologia de simulação e a forma tradicional microfonada, dependendo da sonoridade que queríamos. De simulação usamos o amplitube, e nas gravações microfonadas usamos um Shure SM 57 quase no centro do falante e um AKG 414 um pouco afastado captando mais a ambiência. O amp foi um George Tube Boulevard de 50.
9 – Onde entram os efeitos? Quais são e como os utilizou?
Os pedais usados foram: NIG AS1, NIG Power Distortion, Boss Super Pitch Shifter, Boss PW10 V Wha. O restante dos efeitos foram inseridos posteriormente no processo de edição e mixagem.
10 – E na estrada com a Worship, qual é seu Set Up?
Guitarras tenho usado apenas duas: uma Tagima Vulcan Special escalopada, com ferragens Gotoh e pick-ups Sergio Rosar e uma Memphis Les Paul. Pedais tenho usado um set reduzido, formado por um pedalboard PB12 Landscape, Boss Tu-3, Morley Bad Horsie, Boss, PS5 Super Shifter, NIG Easy Drive’ n Booster, NIG Hot Drive, NIG Power Distortion, NIG Black Booster, NIG Octa Fuzz, Landscape Echo Delay e Angel Chorus. Amplificadores “Predator” da Landscape, além de cabos Sparflex, correias Basso e palhetas Lost Dog.
11 – Além de tocar na Worship você ministra aulas e workshops. Fale um pouco dessas outras atividades.
Ministro aulas na minha escola Instituto de Cordas (www.institutodecordas.com.br) e na Werner Ensino de Música (www.wernerensinodemusica.com.br), além de aulas on line via skype. Worskhop é algo que faço bastante também e tenho uma agenda cheia graças a Deus. Gosto muito dessa parte didática da música, e fico muito feliz em ver um aluno crescendo sabendo que contribuí direta ou indiretamente pra isso.
12 – Muito obrigado pela entrevista. Deixe uma mensagem aos leitores do blog da NIG
Obrigado pela entrevista, e quem quiser conhecer um pouco mais sobre o meu trabalho pode visitar o meu site: www.ricardosoares.net e o da banda: www.bandaworship.com.br.
Um abraço e um bend a todos!
Por Cleber Theron
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